Era um bar australiano, com direito a cangurus, um quadro dos Beatles familiarizando-se a instrumentos típicos e uma placa indicando para que lado fica a Tasmânia. Veneno lisérgico correndo nas veias, subindo ao cérebro, as portas da percepção já bem escancaradas e o muso da psicodelia lisérgica sacudindo sua androginia no palco.
Eu balançava minha (terceira?) garrafa d'água para cima enquanto tentava juntar as silabas que formavam a letra de Mademosielle Marchand. Foi quando uma pessoa conhecida e levemente alcoolizada esbarrou em mim. É claro que não me importei, decerto nem senti nada, mas a guria olhou pra mim com uma cara tão suplicante e desesperadora enquanto me pedia desculpas, que me fez pensar na expressão facial monstruosa que eu certamente estava fazendo.
Show acaba, o rei recolhe sua Danelectro brilhosa, passa pelos quatro malacabados no segundo andar - que mal notam sua presença no recinto -, solta um mimoso tchaaaau e desce as escadas. Isso mais tarde me fez pensar: seria ele tão experiente no assunto que notou de longe a espécie de coisa que haviam aqueles jovens tomado?
Então fui ao banheiro.
A guria do esbarrão estava estava lá, e com mais súplicas me pediu desculpas pelo esbarrão. Que esbarrão? Ah, o esbarrão. Pensei em como eu poderia explicar o meu estado e assim justificar a minha reação anterior (que eu nem sabia qual tinha sido) para a pobre guria. Quando escolhi as palavras certas para contar o que se passava comigo, eu só pude ouvir um E ELE TEM MAIS, SERÁ? Antes que eu pudesse responder, sua presença já havia se tornado um rastro de fumaça.
Eu balançava minha (terceira?) garrafa d'água para cima enquanto tentava juntar as silabas que formavam a letra de Mademosielle Marchand. Foi quando uma pessoa conhecida e levemente alcoolizada esbarrou em mim. É claro que não me importei, decerto nem senti nada, mas a guria olhou pra mim com uma cara tão suplicante e desesperadora enquanto me pedia desculpas, que me fez pensar na expressão facial monstruosa que eu certamente estava fazendo.
Show acaba, o rei recolhe sua Danelectro brilhosa, passa pelos quatro malacabados no segundo andar - que mal notam sua presença no recinto -, solta um mimoso tchaaaau e desce as escadas. Isso mais tarde me fez pensar: seria ele tão experiente no assunto que notou de longe a espécie de coisa que haviam aqueles jovens tomado?
Então fui ao banheiro.
A guria do esbarrão estava estava lá, e com mais súplicas me pediu desculpas pelo esbarrão. Que esbarrão? Ah, o esbarrão. Pensei em como eu poderia explicar o meu estado e assim justificar a minha reação anterior (que eu nem sabia qual tinha sido) para a pobre guria. Quando escolhi as palavras certas para contar o que se passava comigo, eu só pude ouvir um E ELE TEM MAIS, SERÁ? Antes que eu pudesse responder, sua presença já havia se tornado um rastro de fumaça.
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