Entre todos os erros que não me perdoo por ter cometido, desperdiçar meu tempo longe daquele rosto perfeito é o que mais tem me atormentado. Depois de sentir o sabor de lábios que pareciam ter sido feitos para se misturarem aos meus e depois de ouvir aquela voz doce próxima dos meus ouvidos, eu jamais deveria ter desperdiçado o dia seguinte, e o próximo, e os que poderiam vir em outra oportunidade não fosse eu estragar tudo com a minha falta de noção.
Só que o dia seguinte amanheceu diferente, meu coração ficou apertado. Passar aqueles minutos envolta por seus confortáveis braços havia feito outra vítima. Mas eu estremeci quando vi aqueles olhos - os mais belos que eu tenho em memória - no dia seguinte em uma parada no meio de uma rodovia qualquer. E eu o abracei como se não tivesse sentindo nada daquilo, apenas esperei aquele par de olhos me fitar de forma diferente, para que então eu pudesse demonstrar o meu desejo de, dessa vez, não perder meu tempo dormindo com a cabeça encostada em seu ombro. E continuei esperando durante horas, até que uma brincadeira estúpida enquanto sua ausência se fazia presente, pôs tudo a perder. E eu continuei brincando durante todo o tempo que seguiu, fazendo vítimas e me tornando vítima da minha própria brincadeira de mau gosto.
E naqueles últimos instantes, quando todos já estávamos cansados e trôpegos, ele parecia ainda mais lindo, e ainda mais doce. Mas eu tinha escolhido estar em outro lugar, como ele mesmo fez questão de me lembrar com sua voz suave e seu jeito brincalhão e compreensivo de falar. "Se eu estivesse aí, não seria assim". Não seria mesmo, e eu tive vontade de gritar isso e deixar o eco ressoar pelo saguão.
Hoje, quando ouvi sua voz novamente, senti um frio percorrendo a minha espinha, uma vontade latente de voltar no tempo e consertar a minha estupidez. As palavras saiam trepidantes de minha boca e suas respostas voltavam tão nítidas como se estivéssemos novamente dividindo o mesmo banco de trás. Mas a realidade nada mais é do que a triste frase que abre aquela música que eu o vi cantar tantas vezes.
Só que o dia seguinte amanheceu diferente, meu coração ficou apertado. Passar aqueles minutos envolta por seus confortáveis braços havia feito outra vítima. Mas eu estremeci quando vi aqueles olhos - os mais belos que eu tenho em memória - no dia seguinte em uma parada no meio de uma rodovia qualquer. E eu o abracei como se não tivesse sentindo nada daquilo, apenas esperei aquele par de olhos me fitar de forma diferente, para que então eu pudesse demonstrar o meu desejo de, dessa vez, não perder meu tempo dormindo com a cabeça encostada em seu ombro. E continuei esperando durante horas, até que uma brincadeira estúpida enquanto sua ausência se fazia presente, pôs tudo a perder. E eu continuei brincando durante todo o tempo que seguiu, fazendo vítimas e me tornando vítima da minha própria brincadeira de mau gosto.
E naqueles últimos instantes, quando todos já estávamos cansados e trôpegos, ele parecia ainda mais lindo, e ainda mais doce. Mas eu tinha escolhido estar em outro lugar, como ele mesmo fez questão de me lembrar com sua voz suave e seu jeito brincalhão e compreensivo de falar. "Se eu estivesse aí, não seria assim". Não seria mesmo, e eu tive vontade de gritar isso e deixar o eco ressoar pelo saguão.
Hoje, quando ouvi sua voz novamente, senti um frio percorrendo a minha espinha, uma vontade latente de voltar no tempo e consertar a minha estupidez. As palavras saiam trepidantes de minha boca e suas respostas voltavam tão nítidas como se estivéssemos novamente dividindo o mesmo banco de trás. Mas a realidade nada mais é do que a triste frase que abre aquela música que eu o vi cantar tantas vezes.
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