terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
o amor
O amor. Pra que ele serve mesmo? Ah, sim, pra te fazer renunciar
boa parte da vida, boa parte das suas escolhas e deixar de lado os seus sonhos.
Sim, porque quando essa... coisa, essa doença? te pega, você perde completamente a razão e a
noção da realidade. Não importa o que te digam, não adianta nada sua mãe tentar
te convencer que é loucura você largar sua carreira de advogado bem-sucedido para
viver em uma oca no Parque do Xingu porque se apaixonou por uma bela indiazinha
de longos cabelos negros e seios firmes. E também não importa quantas vezes
você já tenha sido contaminado por esse vírus devastador, você nem lembra mais
que na última vez que se apaixonou gastou todo o dinheiro que estava
economizando para comprar um apartamento em uma viagem ridícula a dois para
Cancun. Por que mesmo? Ah, sim, porque aquela loira oxigenada que era para ter
sido o amor da sua vida queria exibir o corpo escultural em uma praia badalada
durante três semanas. Hoje você não precisaria estar morando de aluguel naquele
apartamento fedido, nem encarar diariamente o armário verde horroroso que não
pode ser removido e depositado diretamente no olho do inferno porque o
proprietário do imóvel não permite. Mas o mais impressionante é que se você não
tivesse namorado aquela pós-adolescente de cabelos curtos, anos atrás, você
provavelmente nem estaria morando nessa cidade que tanto detesta. Já estava de
malas prontas para ir embora praquele lugar a que você jurou sempre pertencer,
lembra?
Tudo poderia ter sido diferente se você andasse na rua
olhando para baixo, se você não partisse para o segundo encontro, ou então para
o terceiro, porque quando o quarto acontece, você já sabe no que vai dar.
Tudo o que eu sei é que esse troço se manifesta de maneiras
diferentes em cada pessoa, mas quando ele vai embora e você soma os
prejuízos, vê que é sempre devastador. Quem ainda acha graça em ver o colega
largar o emprego, os amigos e a família e se mudar para Israel para ficar ao
lado do grande amor da sua vida, das duas uma: ou está sofrendo do mesmo mal ou
sequer passou perto dele um dia na vida.
domingo, 17 de fevereiro de 2013
girl
É, Hannah, temos um pouco mais em comum do que braços gordos tatuados. Até sabemos o que queremos fazer de nossas vidas depois que saímos daquela casca de ovo chamada faculdade. O problema é que as nossas vidas não sabem muito bem o que fazer com a gente. Então ficamos aí, vendo no que vai dar, quase se acostumando com o fracasso, mandando todo mundo à merda, nos sujeitando a umas coisas bizarras porque fim do mês a conta de todos os nossos excessos chega e a gente precisa quitá-la com alguma coisa.
Não sei quanto a você, mas estou quase certa que uma sucessão de escolhas erradas me trouxe até aqui.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2013
em defesa de um disco
Sempre que estou em dúvida sobre o que de fato eu tenho ouvido ultimamente apelo para o Last Fm. Sim, porque a gente não pode ficar a vida inteira respondendo Beatles ou Rolling Stones quando alguém pergunta uma coisa dessas. Sem falar que Beatles é praticamente uma unanimidade, gostar e ouvi-los não diz nada a seu respeito além de que você está apto para continuar vivendo entre os demais seres humanos.
Zulu Winter só está ali porque eu os veria no Meca, mas no fim das contas nem eles e nem eu comparecemos ao show. Andrew Bird está ali pela mesma razão, mas dessa vez estarei presente e espero que ele também faça sua parte. Já o Tame Impala possui livre interpretação, acho que podemos incluir no mesmo segmento em que se faz presente o TDCC, embora com menos intensidade.
Tame Impala e Two Door Cinema Club produziram em 2012 discos que para mim foram os melhores do ano, o que explica muita coisa. Mas muito mais do que o Lonerism, o Beacon despertou em mim a mesma fúria adolescente de quando eu levava pro colégio o CD do Cpm 22 e tentava enfiar na cabeça das minhas amigas que aquilo era a melhor coisa já feita na Terra. Eu dizia pelo amor de deus, pegue este CD emprestado, ouça pelo menos três vezes e depois me diga se não é maravilhoso. Lembro de ter conseguido convencer uma, mas ela jamais entendeu aquelas músicas do mesmo jeito que eu.
O Beacon é tipo isso, os críticos e os blogueiros indies até tentam explicar a diferença deste para o primeiro disco do TDCC, que também era ótimo, mas parecia mais uma seleção de singles, e até compreendem o frenesi que eles vêm causando, mas poucos acharam que ele merecia estar presente entre os melhores discos de 2012.
É isso. Eu poderia muito bem defender a mim mesma neste espaço, mas cá estou defendendo o Beacon.
Tame Impala e Two Door Cinema Club produziram em 2012 discos que para mim foram os melhores do ano, o que explica muita coisa. Mas muito mais do que o Lonerism, o Beacon despertou em mim a mesma fúria adolescente de quando eu levava pro colégio o CD do Cpm 22 e tentava enfiar na cabeça das minhas amigas que aquilo era a melhor coisa já feita na Terra. Eu dizia pelo amor de deus, pegue este CD emprestado, ouça pelo menos três vezes e depois me diga se não é maravilhoso. Lembro de ter conseguido convencer uma, mas ela jamais entendeu aquelas músicas do mesmo jeito que eu.
O Beacon é tipo isso, os críticos e os blogueiros indies até tentam explicar a diferença deste para o primeiro disco do TDCC, que também era ótimo, mas parecia mais uma seleção de singles, e até compreendem o frenesi que eles vêm causando, mas poucos acharam que ele merecia estar presente entre os melhores discos de 2012.
É isso. Eu poderia muito bem defender a mim mesma neste espaço, mas cá estou defendendo o Beacon.
Assinar:
Postagens (Atom)