Foi de uma reportagem escrita pelo jovem e inexperiente jornalista Skeets Miller, em 1925, que veio a inspiração para aquele que é possivelmente o maior clássico do cinema tendo jornalismo como referência, A montanha dos sete abutres – lançando em 1951. No filme, quem encarna o épico repórter que dá um dos maiores furos da história do jornalismo é o já bem experiente e dúbio Charlie Tatum (Kirk Douglas).
Tudo começa quando Charlie, sem qualquer traço de constrangimento, chega à redação de um pequeno jornal de Albuquerque, no Novo México, oferecendo ao diretor uma proposta irrecusável: a chance de contratá-lo por um valor muito abaixo do que ele realmente vale.
Com sua pose heroica, capaz de seduzir até a senhora que escreve receitas para as donas de casa, Charlie consegue se tornar repórter do jornal. Um ano após correr freneticamente atrás de um furo de reportagem que o torne famoso e alavanque sua carreira, Charlie embarca em uma grande história junto com o franzino fotógrafo Herbie Cook.
Pelas estradas desertas do Novo México, dentro de um conversível a caminho da cobertura de um evento – uma ligeira lembrança de outro clássico mais recente, Medo e Delírio em Las Vegas –, a dupla se depara com um imprevisto que os obriga a mudar imediatamente de pauta. Um homem está preso sob rochas dentro de uma mina no Morro dos Sete Abutres. O resgate ainda não havia aparecido.
O pertinaz Charlie foi o único a conseguir entrar na mina, com ordens expressas de isso ser uma exclusividade sua. Com a máquina fotográfica em punhos e algumas declarações de Leo Minosa – o homem soterrado pelas pedras –, já garantiria o seu grande furo.
Em pouco tempo, o caso que todos os dias rendia uma matéria nova para o jornal de Albuquerque acabou atraindo milhares de curiosos para a região até então desconhecida pelo resto do mundo. Jornalistas de outros veículos – alguns dos quais Charlie já havia sido demitido – se apinhavam como urubus em uma tenda montada especialmente para a imprensa próximo à mina.
A obra do diretor Billy Wilder, que chegou a receber uma indicação ao Oscar na época, é repleta de boas sacadas jornalísticas e referências curiosas por trás de uma grande história. É impossível olhar para a figura pitoresca de Charlie Tatum – que consegue acender um fósforo na máquina de escrever e seduzir a mulher de Minosa sem se esforçar muito para isso – e não reconhecer o poder de seus incríveis artifícios para alcançar o sucesso.
O filme revela como já na década de 50 a ética jornalística era apontada com dedos de denúncia. A partir do momento que Charlie Tatum anuncia para o personagem de sua reportagem a frase “eu sou seu amigo”, já se sabe o que os próximos minutos trarão ao telespectador.
Tudo começa quando Charlie, sem qualquer traço de constrangimento, chega à redação de um pequeno jornal de Albuquerque, no Novo México, oferecendo ao diretor uma proposta irrecusável: a chance de contratá-lo por um valor muito abaixo do que ele realmente vale.
Com sua pose heroica, capaz de seduzir até a senhora que escreve receitas para as donas de casa, Charlie consegue se tornar repórter do jornal. Um ano após correr freneticamente atrás de um furo de reportagem que o torne famoso e alavanque sua carreira, Charlie embarca em uma grande história junto com o franzino fotógrafo Herbie Cook.
Pelas estradas desertas do Novo México, dentro de um conversível a caminho da cobertura de um evento – uma ligeira lembrança de outro clássico mais recente, Medo e Delírio em Las Vegas –, a dupla se depara com um imprevisto que os obriga a mudar imediatamente de pauta. Um homem está preso sob rochas dentro de uma mina no Morro dos Sete Abutres. O resgate ainda não havia aparecido.
O pertinaz Charlie foi o único a conseguir entrar na mina, com ordens expressas de isso ser uma exclusividade sua. Com a máquina fotográfica em punhos e algumas declarações de Leo Minosa – o homem soterrado pelas pedras –, já garantiria o seu grande furo.
Em pouco tempo, o caso que todos os dias rendia uma matéria nova para o jornal de Albuquerque acabou atraindo milhares de curiosos para a região até então desconhecida pelo resto do mundo. Jornalistas de outros veículos – alguns dos quais Charlie já havia sido demitido – se apinhavam como urubus em uma tenda montada especialmente para a imprensa próximo à mina.
A obra do diretor Billy Wilder, que chegou a receber uma indicação ao Oscar na época, é repleta de boas sacadas jornalísticas e referências curiosas por trás de uma grande história. É impossível olhar para a figura pitoresca de Charlie Tatum – que consegue acender um fósforo na máquina de escrever e seduzir a mulher de Minosa sem se esforçar muito para isso – e não reconhecer o poder de seus incríveis artifícios para alcançar o sucesso.
O filme revela como já na década de 50 a ética jornalística era apontada com dedos de denúncia. A partir do momento que Charlie Tatum anuncia para o personagem de sua reportagem a frase “eu sou seu amigo”, já se sabe o que os próximos minutos trarão ao telespectador.
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