terça-feira, 31 de maio de 2011

sobre aquilo que nunca vem

Estava tendo uma conversa estranha com seu subconsciente enquanto comia meio sem vontade um hamburguer vegetariano. Na conversa, comentava sobre como a sua vida parecia uma eterna espera por algo que nunca acontecia. Sobre como dormia e acordava todos os dias pensando que em algum momento aquilo tudo iria finalmente mudar, que ficaria melhor dentro de instantes. Que teria uma paixão e que alimentaria ela todos os dias, que despertaria todas as manhãs - ou tardes, que seja - por causa dela. E sobre como há pouco mais de um ano caminhava por aquelas ruas que tanto detestava ouvindo uma música nos fones de ouvido, e a letra dela dizia que o amanhã devolveria os bons tempos.
E os amanhãs chegaram e se transformaram em ontens num piscar de olhos, sem que nada tenha efetivamente melhorado por mais de algumas semanas. Não que tenha feito muita coisa pra alguma coisa acontecer, mas sabe também que não há muito o que se possa fazer.

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