sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

domingo, 20 de janeiro de 2013

o livro mais spoilado do ano

Pensei que depois de ler tanto spoiler por motivos de: jornalistas que não sabem fazer uma crítica de livro sem contar a história dele inteira, achei que o Barba ensopada de sangue não teria muito mais a me surpreender. O enredo eu já sabia praticamente todo antes mesmo de pegar o bendito na mão pra espiar a orelha, então, até o final dele foi apenas a fantástica construção da história cheia de meticulosas descrições (quero ir pra Garopaba agora ) que me causou tamanho frenesi. 
Eu apenas não tinha me dado conta da parte mais incrível do livro. Isso só foi acontecer cerca de 15 minutos depois de eu ter lido os agradecimentos, fechado e colocado na estante. Tanto não tinha me dado conta que depois de a ficha cair, voltei para o skoob e acrescentei mais uma estrelinha na minha nota ao livro, num total de cinco. 
Basicamente o maior spoiler de todos é o próprio Daniel Galera que nos joga na cara sem que a gente perceba.

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

uma outra lógica

Tenho pra mim que boa parte dos problemas do universo seriam resolvidos se a humanidade usasse um pouco de lógica. Mas, não sendo o que acontece, nos resta seguir o fluxo.
Para a moça em questão conseguir o emprego dos seus sonhos de nada vai adiantar ela ser uma entusiasta do cinema, estar sempre de olho nas novidades ou naqueles títulos que somente quatro pessoas do filmow tiveram o prazer de assistir e muito menos seguir o conselho daquele perspicaz professor dos tempos da faculdade: "assistir os clássicos, assistir os clássicos, assistir os clássicos", três vezes, sem pausa. Ler coisas melhores que a trilogia de E.L. James, saber o que se passa - e o que se passou - na música brasileira, inglesa, ou de onde caralhos quer que seja, também não são qualidades para tal. Assim como inconscientemente puxar o caderno 2 de qualquer jornal que seus olhos alcancem . Tudo besteira.
Um bom relacionamento com as pessoas certas, ausência de qualquer traço de constrangimento na tez e um pouquinho de sorte e está tudo resolvido.

domingo, 6 de janeiro de 2013

o dia em que quase fui uma lutadora

Meio que involuntariamente me tornei uma moça de academia, dessas que têm uma gaveta com shorts de tactel e de elastano, leggings, tops e toalhinhas e que cogita ter um squeeze para chamar de seu.
Tudo começou quando um colega de trabalho comentou que ele e a esposa estavam fazendo academia há alguns meses, "naquela academia perto da tua casa". Falei que sempre passava por lá e até tinha vontade de lutar muay thai, mas achava muito caro o valor mensal e não queria fechar o pacote de um ano. Tenho sérios problemas com contratos muito longos. Veja bem, eu posso até fazer academia por um ano, dois ou até três, mas o fato de isso se tornar uma obrigação pelos próximos 12 meses me deixa um pouco ressabiada. 
Eis que um tempo depois esse mesmo colega, desiludido com a vida de rapaz de academia, veio me oferecer o resto do pacote dele. Seis meses pelo valor do pacote de um ano. Nem pensei duas vezes. Mandei ele me trazer as luvas da esposa que lutava muay thai e também desistiu, e lá fui eu feliz transferir o cadastro e correr para a primeira aula. Uma lutadora, eu seria. 
Daí cheguei lá no andar de cima com minhas novas luvas - ainda não pagas - dentro da minha sacolinha colorida, cutuquei um homem alto e musculoso que parecia ser o professor e disse que estava começando hoje.

- Legal. Pode subir no tatame.

Legal, posso subir no tatame. Encarei o tatame e, consequentemente, os alunos que já começavam o aquecimento. Reparei que eram em torno de 20 homens e 4 mulheres. Reparei também que, independente do sexo, eram todos muito maiores que eu. Por fim, reparei ainda que todos eles sabiam exatamente o que estavam fazendo. Há anos.

- Hum. Acho que hoje só vou olhar. Vou sentar ali no banco.

E assim foi meu primeiro e último dia de lutadora de muay thai. Mas eu já tinha transferido o cadastro pro meu nome, não poderia voltar atrás, alguma coisa eu teria de fazer naquela maldita academia. O pilates era no meu horário de trabalho, o jump e o gap idem. A única coisa que funcionava o dia inteiro era a musculação. Não havia escolha.
Já estou entrando na minha segunda semana e, fora as dores, devo admitir que não é assim tão ruim. É engraçado. O professor é mais jovem que eu e não entende por que eu não gosto de me bronzear.