terça-feira, 26 de março de 2013

arteira

Cansada de esperar brotar em minha tela uma artezinha de algum dos meus trechos favoritos das músicas do Cícero para transformar em um quadrinho, fui lá e fiz:
 Meu mérito por esse design (sorry, designers!) que não combina nem um pouco com a música é: I'm almost leiga em photoshop. Mereço os parabéns, diz aí.

segunda-feira, 25 de março de 2013

o pior banco do mundo nem um banco é

Estou começando a entender aquele negócio de o Sicredi não ser um BANCO. Ele até permite que você faça um cartão de débito/crédito, entretanto não permite que você USE-O quando necessitar. Já perdi as contas de quantas vezes as maquininhas de cartão acusaram um erro bizarro quando tentei pagar qualquer coisa no débito, obrigando-me a usar o crédito. Numa das últimas vezes nem o crédito funcionou, "cartão apreendido", dizia a simpática Cielo. Seria eu uma criminosa?
"Mas tudo bem", você pensa. "Vou sacar na agência e me alimentar, me vestir, VIVER com dinheiro vivo, se é o único jeito". Acontece que este também não é um jeito, porque quando você chega na agência, os dois caixas estão congelados em uma tela bizarra que também não te permite sacar as cédulas que lhe pertencem. 
E agora, Sicredi? Quem é que vai COOPERAR comigo?

quinta-feira, 21 de março de 2013

underground

Esses dias o coordenador do meu saudoso curso de jornalismo postou no Facebook uma foto dos calouros deste semestre e lembrei do meu primeiro dia de aula da faculdade. Lá se vão quase seis anos desse ignóbil dia. Peguei sozinha o ônibus amarelo em Balneário Camboriú, sem saber que odiaria aquela lata com todas as minhas forças pelos próximos anos, e fui para Itajaí, assim, meio às cegas. Estava morando em Balneário há duas semanas.
Tudo ocorreu tranquilamente, cheguei com todos os meus órgãos intactos e achei minha sala sem grandes dificuldades. Não posso dizer que estava genuinamente entusiasmada com o início das aulas, saí de casa meio apressada, com o cabelo todo errado, porque estava correndo rua até poucos minutos antes de o ônibus passar.
Mas não foi exatamente essa lembrança que aquela foto de dezenas de jovens amontoados, felizes e sorridentes, me trouxe. Olhei para aqueles rostos iluminados de uma abençoada ignorância jornalística e lembrei que meu semblante era exatamente igual. 
Até mais ou menos o quarto semestre eu ainda estava descobrindo o que exatamente eu fazia ali. Sim, porque pensei que chegaria lá e todos os meus colegas seriam super descolados e que iríamos ser fortes concorrentes no mercado de trabalho porque todos quereríamos trabalhar na MTV ou na Rolling Stone. Imagine você a minha frustração ao perceber que não era nada disso, nem perto. Sem falar que: cadê câmera? microfone? reportagens incríveis sobre as bandas catarinenses? Tinha nada disso. Pelo menos até o terceiro semestre, o lance era ouvir a professorinha discorrer sobre história da comunicação, teoria da comunicação e ética na comunicação. Inclusive acredito piamente que foi esse o motivo que levou meus únicos amigos durante todo o curso a trancarem a faculdade no segundo período. O resultado é que tornei-me uma solitária. Praticamente uma agorafóbica.
Lá pelo sexto semestre tudo já fazia sentido na minha cabeça: nada do que eu sonhei aconteceria. O jeito foi descer os degraus de minha fértil imaginação e passar a caminhar sobre o solo. Depois de formada, então certa de que eu já estava preparada para o pior, tive que abrir um alçapão e caminhar pelo subsolo.
Por um segundo deixei de ficar chateada por mim e fiquei pelos calouros. Mas já voltamos à programação normal.

segunda-feira, 11 de março de 2013

quarta-feira, 6 de março de 2013

agora é assim que vai ser

Minha mãe tinha ouvido umas coisas estranhas a respeito daquela banda que faria show em Santa Rosa, mas acabou concordando que eu fosse, apesar dos meus 12 anos. Ela estaria no mesmo parque onde o show aconteceria, isso provavelmente a fez pensar que teria algum controle sobre mim. Então eu fui. 
Naquele cantinho, mais ao lado do palco do que na frente dele, estavam todos os meus amigos da época. Amigos meus, amigos de amigos, conhecidos, colegas de aula, mocinhos com quem mais tarde eu viria a ter efêmeros relacionamentos. Tirando a gente e alguns metaleiros cabeludos, ninguém queria ficar naquele espaço, que apesar não promover apertos e aglomerações, tampouco permitia uma visão muito privilegiada da banda.
O atraso desses shows em feiras agrícolas é praticamente regra, mas nesse em especial eu nem senti passar o tempo, estávamos todos distraídos com conversinhas e flertes ocasionais. Até que o locutor, um radialista famoso da cidade, anunciou que a banda já estava lá, prestes a subir no palco. Em poucos minutos apareceram todos eles: Marcão, Pelado, Champignon e, por último, Chorão.
Acho que depois daquele show Santa Rosa nunca mais foi a mesma. Não acontecia nada lá. Nunca. Aquele cara esquisito, vestindo roupas largas e falando palavrões, empunhou o microfone na frente de 20 mil pessoas que nunca tinham visto nada igual. Era como a letra de O Coro Vai Comê. E isso bastou para que no resto do mês houvesse pauta recorrente nas rodinhas de conversa entre mães & pais. Que absurdo foi aquilo, dizem até que ele mijou na plateia!
Eu não precisava ter os discos do Charlie Brown Jr nem tampouco saber o nome de algum integrante que não fosse o Chorão pra que a banda fizesse parte da minha infância e da minha pré-adolescência, porque onde quer que eu fosse, eles estavam lá. Nos programas vespertinos da rádio Guaíra, nos programas dominicais da TV aberta, na minha recém adquirida MTV, nas festas do Clube Concórdia, na piscina do Cisne, no bar do colégio, nos carros com o porta-malas aberto estacionados na avenida Expedicionário Weber.
Não sei quantas foram as vezes em que eu e minhas amigas, então com 13 ou 14 anos, vivendo as primeiras decepções amorosas, fechamos os olhos e cantamos junto com Chorão que iriamos esquecer aquele desgraçado que nos esnobou nem que fosse só por uma noite. 
Por isso o dia de hoje foi triste pra mim. Não tanto por alguma possível falta que Chorão venha a fazer, e pra mim provavelmente não fará nenhuma. Eu até o xingava esporadicamente, pois a melhor banda do mundo quando eu tinha 13 anos, o Cpm 22, como sabem, era alvo frequente de seus comentários maldosos. Mas o dia foi triste por tudo o que ele deixou e por tudo o que aquelas músicas representaram pra mim. Hoje, durante todo o dia, elas me lembraram momentos e pessoas que eu nem sei mais por onde andam, o que fazem e nem por que saíram da minha vida de maneira tão definitiva. 
Não vai mudar nada, eu sei. Mas hoje o dia foi assim.

sábado, 2 de março de 2013

o incrível seriado de baixa audiência


Eu não sei sinceramente o que me atraiu no enredo de uma série cujo mote gira em torno de duas adolescentes que descobriram terem sido trocadas na maternidade e uma delas é surda. Mas aconteceu. 
Dia desses, aflita na espera pela volta de Mad Men e The Newsroom, triste com o fim de Gossip Girl e insatisfeita com o andamento de Hart Of Dixie, achei que eu precisava de mais uma série para tomar meu escasso tempo. No momento só estava assistido Girls e The Carrie Diaries, e com a plena certeza de que eu era a única pessoa no mundo a acompanhar somente dois seriados simultaneamente, fiz uma breve pesquisa e encontrei Switched at Birth. 
Rapaz, que série sensacional. Ninguém assiste, é verdade. É quase difícil fazer o download pelo Pirate Bay, os seeds variam de 60 para 85, dependendo do episódio. Antes de assistir o piloto eu não fazia a mais vaga ideia de que parte do elenco era composto por atores surdos. Ainda bem, porque se bem me conheço, teria achado que a historia ia escambar para um outro lado, quando na verdade isso é só um detalhe no meio daquele drama todo e que acaba deixando tudo estranhamente mais interessante. Dá vontade de ser melhor amiga da Bay e de levar o menino Emmett para casa e aprender Libras  ASL com ele uma noite inteirinha. 





Ó aqui eles. O Emmett é o amigo surdo da Daphne, que também é surda. A Bay, que não é surda, foi trocada na maternidade pela Daphne. E vice-versa. Os dois acabaram ficando um tanto próximos com o passar do tempo, por isso esse inesperado frame dos dois na mesma cena.