domingo, 22 de dezembro de 2013

retrô

Que ano. Começou mais uma vez comigo choramingando em um canto da Ilha, cheia de planos, mas sem nenhuma perspectiva de que algo fosse realmente mudar aquela vida que eu não queria ter, e vai terminar comigo em uma redação de jornal, porque era exatamente onde eu pedi aos céus para estar durante tanto tempo.
Em 2013 eu finalmente fui para Santa Rosa, depois de mais de três anos de total relapsidão para com meus amigos, parentes e com aquelas ruas que tanto foram pisoteadas por mim. Lá eu tentei fazer o exercício da anti-nostalgia, que consistia em constatar que aquele lugar era uma bosta e que eu não deveria passar as tardes de sábado lembrando o quanto eu me divertia com aquelas pessoas naqueles ambientes duvidosos. Também fiz um exercício para tentar parar de reclamar de Florianópolis. Tudo bem que até o centro de Santa Rosa consegue ser mais agitado que o da Ilha nos fins de semana, mas aprendi que era só isso mesmo e ponto.
Neste ano também me peguei querendo ir embora de Porto Alegre para não voltar tão cedo. Mas era um contexto que fazia sentido, já passou e em 2014 quero estar lá novamente, sim. Talvez ainda não daquela forma definitiva, mas quem sabe o dia de amanhã, né?
Em 2013 eu voltei ao corte de cabelo que me acompanhou (com diversas variações de estilo) de 2005 até meados de 2011, e me senti muito melhor. Engordei, emagreci e acho que nestes cinco dias de folga natalina devo estar engordando novamente. Fui ao show do Stephen Malkmus e achei engraçado ouvir ao vivo aquela voz que me acompanhou nos fones de ouvido por tanto tempo, mas fiquei com sono e fui embora na penúltima música.
Mas o melhor do ano veio mesmo no último trimestre, quando saí daquele prédio de 11 andares para umas férias de 15 dias e nunca mais voltei. Conheci e me apaixonei por Buenos Aires, para onde quero voltar em 2014 e fazer o que não tive tempo, e três dias  após o retorno comecei a fazer o que eu realmente gostava e a ser remunerada por isso. 
Não cumpri nem metade da minha lista de projeções, mas dane-se o raio dessa lista que só serve para nos mostrar o quanto somos inoperantes. Por um 2014 sem lista de projeções.

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