segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

acaba logo

Não seria justo afirmar que 2014 foi para mim exatamente como 1933 foi para John Fante Dominic Molise, afinal alguns passos de formiga foram dados, mas também não foi nada demais não. Não mesmo. Pra variar.
Eu sempre começo minhas retrospectivas falando sobre a noite da virada, mas dessa vez, exceto pelo fator passagem-por-um-dos-morros-mais-perigosos-da-cidade-às-23h-do-último-dia-ano, o réveillon também não teve nada demais. Pra variar.
Mas algumas coisas variaram nesses 12 meses. A primeira é que eu deixei de me tornar a futura senhorinha de 65 anos que nunca tirou carteira de motorista para me tornar a mocinha um pouco passada de 24 anos que, opa, tirou sua carteira de motorista. Depois de apenas UMA reprovação. Umazinha.
O que também variou é que eu também deixei de me tornar a futura senhorinha tatuada e frustrada por nunca ter aprendido a tocar um instrumento de maneira minimamente correta e entrei na aula de bateria, transformando-me na aluna novata um pouco passada de 24 anos de uma escola onde meninos de seis desenvolvem muito melhor sua coordenação motora.
Outro fator positivo é que com o meu retorno ao nada seleto grupo de proletários que utilizam o transporte coletivo acabei lendo como nunca antes. E como nunca mais também. Neste momento estou lendo o 40º livro de 2014, e infelizmente não vou terminá-lo antes de o ano se dar por encerrado porque ele tem mais de 500 páginas, mas ainda assim é um grande feito.
No mais, além de uns bons momentos no trabalho, pouco aconteceu. Não viajei (apenas duas idas rápidas para Porto Alegre), não passei em um concurso público, não mudei de emprego, de namorado, de casa, de cidade, de cabelo, mas talvez de perspectiva. O importante é que o ano termina com alguns planos concretos para 2015 e comigo puta da cara porque não me pagam meus freelas. Ah, sim, em 2014 eu também fiz freelas.

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