segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Ele nem deve saber, mas é todinho feito de detalhes apaixonantes. E deve saber menos ainda que observo-os embevecida e depois fico lembrando enquanto espero pela sua volta em dias que parecem se arrastar.
Poderiam passar batidos por qualquer pessoa, mas não por mim.
Tipo quando ele me conta sobre algo que escreveu e se enrola um pouco pra encontrar as palavras que vão me fazer entender o que quer dizer. Ou o jeitinho que ele ficava sentado na cama, com o queixo apoiado no joelho, enquanto esperava o notebook dar sinal de vida. E o modo tão natural como ele trata as coisas, sempre tão prático, tão simples, sem cerimônia alguma.
E tem também o sono mais silencioso que eu já presenciei. Não fosse por sempre me envolver com seu braço direito quando percebe que estamos muito afastados, eu acharia que estava dormindo sozinha. Ou o sorriso que me presenteia quando abre os olhos e vê que já estou acordada. Os mesmos olhos que em nano segundos voltam a se fechar para outros longos minutos de sono.
E o modo como ele é sempre ele mesmo, em todas as circunstâncias. A mania de confessar coisas quando bebe demais e a de enrolar os pelinhos da perna quando está impaciente ou um pouco nervoso. O rostinho sério quando está concentrado em algo importante e o modo como deixa extremamente bem feito tudo o que faz.
E principalmente a capacidade de me surpreender todos os dias.

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