Sempre foi assim. É aquela coisa, estou indo razoavelmente bem, não exatamente um exemplo de sapiência, mas dava pra viver. E aí vem aquela maldita vontade de impressionar. E quando ela aparece, rapaz... tenha certeza de que vai dar merda. Em 100% das vezes que tentei impressionar a única coisa que consegui foi deixar os outros com a impressão de que sou retardada e duzentas vezes mais tansa do que me é de direito. Mas eu não canso. Parece sede de humilhação, um negócio incrível abastecido pela esperança de que um dia, UM DIA, eu vou tentar e conseguir. Vou impressionar. Mas até hoje não rolou.
É como você pretensiosamente buscar referências de Kant para turbinar um artigo e seu professor dizer que aquilo não tinha nada a ver com o que foi proposto e te mandar remover a asneira imediatamente. É como dizer para o seu intelectual e atraente colega novo que você adora a literatura russa, que Dostoiévski é rei, e engasgar quando for questionada sobre sua preferência entre O Idiota e O Jogador, porque o único livro dele que você leu foi Crime e Castigo. É como prestar um concurso público e depois perceber que a palavra ansiosa estava grafada com c na mensagem enviada ao seu novo ficante a respeito de como você havia ido bem na prova . É isso. E é triste.
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