Eu acho que para você se considerar assim tão interessante é preciso bem mais do que passar a vida em uma universidade acumulando "pós" e "ados" para depois empilhar em um currículo e esfregar na cara de alguém. A chance do encontro de hoje à noite bocejar ouvindo sobre suas ambiciosas conquistas acadêmicas é muito maior do que se você sentar confortavelmente na cadeira de plástico e contar as bizarrices que você fazia no primeiro ano da faculdade - que ainda nem chegou ao fim - e que por causa delas quase reprovou por faltas.
Uma discussão sobre um livro do Bukowski, do Hunter Thompson ou até sobre aquele livrinho bocó da escritora junkie brasileira tem muito mais chances de render um bom número de risadas, concordâncias e divertidos insultos do que alguma discussão que envolva aquele seu compêndio sobre a problemática do estruturalismo literário.
Algo que no máximo vai te deixar bastante entendido em uma porção de assuntos (que não interessam a muita gente) e te render um bom salário (provavelmente por trás de um emprego tão entendiante quanto sua vida sempre foi) não garante que você seja uma pessoa muito mais interessante do que aquela que viveu tudo o que pôde enquanto pôde.
Mas você poderá fazer amor com seu ego sempre que quiser, ele estará super satisfeito com tantas conquistas.
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