Não que eu já não estivesse acostumada a me desfazer das coisas. Cidades, apartamentos, roupas, empregos, fotos no porta-retrato, cores de cabelo e também de pessoas. Contra a minha vontade, por conta própria, por falta de opção ou simplesmente porque a vida seguiu seu rumo e se responsabilizou por deixar que algumas coisas ficassem pra trás, sem que necessariamente se abrisse um buraco na minha existência.
Mas na maior parte das vezes abre e demora pra fechar. E nesses casos você sabe exatamente quando vai acontecer, porque quando as rachaduras começam a ganhar forma, começa também a doer. E não adianta cola nem fita adesiva.
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