quinta-feira, 26 de março de 2015

as várias caras de Montevideo

Eu acreditei piamente na resposta do recepcionista do hostel quando perguntei se era melhor pegar um ônibus até a Intendencia Municipal, onde começam de fato as atrações turísticas de Montevideo, porque achava meio longe para ir a pé. "Não, é perto", disse ele em bom português de quem morou dois anos adivinha onde? É, em Florianópolis. Então eu fui. E doeu.
























Mas a partir da intendencia as coisas se tornam mais fáceis, e engraçadas, porque você logo dá de cara com a Fuente de los Candados, que fica em uma esquina qualquer no meio da 9 de Julio, principal avenida do centro da cidade. Pronto, ninguém mais precisa ir para Paris com o cadeado no bolso.


Pouco antes de devorar meu segundo - e último - chivito em terras uruguais, dessa vez com direito a papas fritas e huevo duro, terminei de explorar o centro e os primeiro metros da Ciudad Vieja e atendi ao clamor dos meus pés. Na foto, o Palácio Salvo, que é parecidíssimo com o Palácio Barolo, de Buenos Aires, em razão de, veja só, de ter sido obra do mesmo arquiteto, o italiano Mario Palanti.

Chegando mais próximo da Puerta de la Ciudadela, que marca a entrada da Ciudad Vieja, um ambiente meio cinza, bonito e decrépito ao mesmo tempo, passei rapidamente pelo Teatro Solis (note que minhas fotos de monumentos são sempre tortas), ensaiei uma entrada, mas só fiquei ali pela frente ciscando mesmo.

Nos próximos dias tudo ficou mais simples. Com 24 uruguayos e a certeza dada por minha nova amiga Laura, a italiana empolgada, de que os cobradores trocavam notas altas sem fazer beiço, me aventurei pela cidade de colectivo. Assim, deu pra caminhar sem muitas dores só onde interessava na Ciudad Vieja,  pelo peatonal Sarandi, os museus Romantico e Decorativo, almoçar no Mercado del Puerto, comprar dulce de leche e alfajores nas imediações, flanar na rambla Francia, de onde saiu a selfie acima, e ainda ir até Punta Carretas, onde encontrei outra Montevideo. Lá dei uma passada no Punta Carretas Shopping, cujo edifício foi uma penitenciária entre 1910 e 1986, e uma voltinha na rambla, totalmente diferente da rambla da Ciudad Vieja.

Para o dia seguinte ficou uma visita ao bairro de Pocitos e uma preguiça enorme de ir ao Parque Rodó. Assim como Punta Carretas, Pocitos tem uma cara mais arrumadinha, um ar mais chique, ruas arborizadas e silenciosas, uma rambla mais badalada onde as pessoas levam a sério o conceito de praia, e um shopping, o Montevideo, onde entrei para bisbilhotar a Forever 21. É em Pocitos também que fica o letreiro da cidade, esse aí da foto. Não é tão concorrido quando o "I amsterdam", mas precisei esperar uma família sair de cima das letras para fazer o registro. 

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