domingo, 22 de março de 2015

Palermo, Recoleta e um coração dividido

Como da outra vez que estive em Buenos Aires fiquei hospedada em San Telmo e consegui explorar um pouco da alma daqueles lados da cidade, dessa vez decidi mirar no combo Palermo-Recoleta. Nada de feira de domingo na Defensa, nada de mercado público, nada de Mafalda. A ideia era se perder sozinha pelas ruas dos dois badalados bairros da Reina del Plata.
Santa Fé, 4.555, em frente a um letreiro piscante da pizzaria Kenutcky, a alguns metros da plaza Itália. Esse foi meu endereço por quatro dias.























Na pira louca de que dormir eu durmo em casa, acabei acordando cedo todos os dias pra aproveitar melhor a luz do dia, já que não sabia o que a noite poderia reservar (e não reservou porra nenhuma anyway), acabei pegando museus como o Malba, o Evita e de Arte Decorativo ainda fechados. Pra não perder também a chance de ver Van Goghs, Manets, Monets, Degas, Toulouse-Lautrecs y otros no Museo Nacional de Bellas Artes, dei um tempinho na plaza Mitre. Uma oportuna ideia, eu diria.


Aliás, na plaza Mitre já era outono uma semana antes.























Logo adiante se torna impossível não entrar no fervo da Recoleta, com a feirinha de artesãos da plaza Francia, o Centro Cultural Recoleta, que estava com duas exposições legais, uma de fotografa e outra de pintura, a Iglesia de Nuestra Señora del Pilar, o Cemitério (que eu pulei porque já tinha visitado na viagem passada) e aquele monte de cafés, heladerias, pubs e restôs que cercam a região. Ali deu para perder umas boas horas do dia e ainda aproveitar o wifi livre.


A igreja de 1732 que dessa vez resolvi espiar por dentro.

Eu, eu mesma e o timer em uma das exposições do Centro Cultural Recoleta.


Milanesa de pollo al horno (porque eu ainda pensava na dieta nessa hora) em El Club de la Milanesa


E um Freddo de postre, ali pertinho.


Um pouco mais adiante, a avenida Alvear e o fino Alvear Palace servem de caminho em direção ao El Ateneo Grand Splendid, na Santa Fé, livraria que eu achei muito mais bonita nas fotos maravilhosas que circulam por aí.


Está sempre lotada. Mais à frente, ainda na infinita Santa Fé, tem também a Bond Street, onde dá para se perder por corredores e mais corredores, níveis e mais níveis de lojas com itens roqueiros, e o Museu dos Beatles, na Corrientes, que por alguma razão estava fechado.


E ainda corri para ver de mais perto o Palacio de Aguas Corrientes, na avenida Córdoba, que é um dos meus prédios favoritos na cidade.

Nos outros dias ainda consegui comer um choripan enquanto flanava no parque Três de Febrero, onde estão o Rosedal e o Jardim Japonês, e pegar a feirinha da plaza Serrano em pleno funcionamento, entre outras pequenas aventuras que nem de longe me fizeram riscar do roteiro tudo o que tem para fazer em Buenos Aires. Tem gente que diz que em quatro dias mata tudo . Pra mim, uns seis meses, quem sabe.

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