segunda-feira, 22 de abril de 2013

condicional

Esses dias estava numas de só querer comprar roupa pela internet devido à facilidade que isto provém e lembrei que em um passado distante, lá em uma cidadezinha - também distante -, eu gozava dessa facilidade com certa frequência, de um jeito ainda melhor. Mas não tinha nada a ver com e-commerce, pouco se acreditava nisso na época.
Pois então. Lá em Santa Rosa todo mundo se conhecia, quando não se conhecia havia um grande potencial para se conhecer. Cliente se tornava amigo do dono da loja, tão amigo que em algum momento da vida dividiriam a mesa do almoço de domingo. E aí minha mãe tinha essa relação com as donas das lojas legais da cidade. Numa passadinha de 10 minutos em uma dessas, ela saía com três sacolas cheias de roupas, todas devidamente anotadas em um papel, uma cópia ia junto e a outra ficava na loja: eram as chamadas condicionais.
Isso significava o quê? Que dentro de poucos minutos uma adolescente Juliete desesperada pelo look da próxima festa de 15 anos (depois de fazer mil combinações com o que tinha nas festas do último mês), provaria dezenas de peças no aconchego de seu quarto. Pegaria a que lhe interessasse e mandaria o resto de volta para a loja.
Não é incrível? E não era privilégio algum, que isto fique claro. Qualquer cliente um pouco mais assídua levava as sacoladas para casa pra provar mais à vontade, com direito a opinião familiar e testes com seus sapatos & bolsas.
Bons tempos aqueles, viu.

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